Desde 2006 é oficializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, que atualmente inclui cerca de 29 atividades que auxiliam os pacientes em seus tratamentos convencionais.

A política envolve práticas terapêuticas, denominadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de medicina complementar/alternativas. Esses recursos visam estimular os mecanismos de prevenção e de recuperação da saúde, com ênfase segundo o próprio Ministério da Saúde na:

“Escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.”

Aliado a isso, a Cannabis medicinal oferece um equilíbrio geral do corpo , ajudando na estabilidade hormonal, na promoção do sono, reduzindo a ansiedade e equilibrando o sistema endocanabinoide.

Então, a terapia canabinoide ajuda no tratamento, não apenas combatendo os sintomas, mas também no cuidado da saúde como um todo. A perda do controle do SEC pode afetar os transtornos do humor, afetar os transtornos neurodegenerativos e do neurodesenvolvimento, como o TEA.

Em específico nos pacientes com TEA que manifestam complicações como convulsões, ansiedade e comprometimentos cognitivos o sistema SEC é diretamente afetado.

Conforme um trabalho, que estudou a atuação da cannabis como tratamento para crianças autistas, constatou, 40% dos pacientes apresentam comportamento antissociável e não respondem bem à terapia comportamental convencional.

Nesse cenário, a planta aparece como uma ótima alternativa nesse tratamento, por conta de seus efeitos ansiolíticos, imunomodulador e propriedades antipsicóticas.

Também foi revelado que a prática frequente de atenção plena e atividades meditativas demonstraram modular os níveis de endocanabinóides, regulando o nosso SEC implicando em uma evolução da modulação da dor, inflamação e respostas imunes gerais.

Atividades que promovem o desenvolvimento cognitivo e da inteligência emocional fortalecem as relações sinápticas que modificam o comportamento humano.

Segundo uma revisão da literatura que analisou as práticas integrativas em crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), essas atividades complementares provocaram um melhor desenvolvimento da criança portadora.

A pesquisa em questão, indicou que as atividades de medicina integrativa melhoraram o desenvolvimento da criança autista. Por meio das práticas vistas realizadas rotineiramente, é observado uma evolução interpessoal das crianças em seus tratamentos. Com isso, elas apresentaram um progresso em seu perfil comportamental e cognitivo e com redução dos sintomas.

As terapias que foram investigadas na pesquisa e que se mostraram eficazes no tratamento complementar do TEA, são:

• Tratamento de diabetes
• Florais de bach,
• Musicoterapia,
• Dançaterapia e
• Fitoterapia

Dessa forma, podemos afirmar que a cannabis se mostra como um potencial tratamento para as condições advindas do TEA, modulando seus sintomas e tornando seus portadores mais sociáveis. Contudo, é evidente que temos que destacar o papel complementar das práticas integrativas nessa terapia.

Essas já se mostraram importantes para amenizarem de forma direta certas manifestações e também para potencializar o efeito terapêutico de tratamentos, como no caso da medicina canabinoide. Pois ao modular e manter em equilíbrio o sistema endocanabinoide, as respostas terapêuticas do mesmo serão maiores.

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