SÍNDROME DE WEST

A Cannabis pode ser uma grande aliada dos pacientes com a Síndrome de West, seus benefícios ajudam a combater a patologia e permite que os seus portadores levem uma vida mais tranquila. Hoje vamos utilizar um estudo recente para explicar a importância da planta no tratamento da doença.

Patologia
A Síndrome de West, também conhecida como espasmos infantis, é uma condição rara que afeta o desenvolvimento cerebral e provoca convulsões, geralmente iniciadas na infância.

A doença foi batizada com o nome do médico William James West, que descreveu os seus sintomas em uma carta ao editor da revista Lancet, com o nome “Uma forma peculiar de convulsões infantis”

Trata-se de uma forma de epilepsia que é caracterizada por um padrão específico de convulsões chamado de espasmos infantis e que são frequentemente acompanhados por um padrão de ondas cerebrais anormais denominado hipsarritmia.

Estima-se que um quarto das crianças que desenvolvem epilepsia no primeiro ano de vida são portadoras dessa condição.

Essa doença geralmente se desenvolve entre 3 e 12 meses de idade e pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo:

  • Lesões cerebrais
  • Infecções
  • Condições genéticas

Além disso, essa condição pode afetar o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, bem como a capacidade de aprendizagem e comunicação.
Os sintomas da Síndrome de West são bem parecidos com os de uma epilepsia, o que muda é a frequência das convulsões que, quando começam a se manifestar, podem acontecer dezenas de vezes em um único dia. Os sintoma mais comuns são:

  • Espasmos
  • Atraso no neurodesenvolvimento

O tratamento convencional para a Síndrome de West geralmente envolve o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que podem ajudar a controlar as convulsões e melhorar o prognóstico. Porém, em muitas ocasiões, os pacientes não respondem adequadamente aos tratamentos medicamentosos convencionais e persistem apresentando crises epilépticas.

Ao contrário dos químicos convencionais, os canabinoides presentes na planta são anticonvulsivantes muito eficientes, principalmente o composto CBD (canabidiol), além do que, ela é muito bem aceita em nosso corpo e apresenta pouquíssimos efeitos adversos.

Cannabis
No tratamento da Síndrome de West o principal efeito da Cannabis é na redução da intensidade e da frequência das crises, proporcionando estabilidade e qualidade de vida para os pacientes. O poder de ação anticonvulsivante da planta não se compara a nenhuma outra terapia.

Os compostos mais importantes para esse tratamento são o CBD e o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol), estes fármacos interagem com o sistema endocanabinoide e exercem influência direta no sistema nervoso central (SNC). Isso se dá, porque no sistema nervoso existem muitos receptores endocanabinoides, nos quais os canabinoides da planta se ligam e promovem seus efeitos medicinais.

Em especial o CBD é capaz de controlar as descargas cerebrais que dão início às crises epilépticas, reduzindo as convulsões. Além disso, o canabinoide também é muito bem tolerado pelo organismo, com quase nenhum efeito adverso tornando o CBD um dos melhores tratamentos para a patologia.

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O THC também é importante para o tratamento, este composto também é capaz de modular a sinapse nervosa, sendo fundamental para controlar as crises epilépticas, mas em contraponto ele também pode promover descargas elétricas em alguns casos, tornando arriscado. Mas isso para tratamentos do THC com óleos ou tinturas, porém existe o spray do composto que serve para resgates de crises, sendo um aliado muito importante para o terapia com o CBD via sublingual. Outros canabinoides também apresentam a capacidade de controlar as crises e são necessários para o tratamento.

Estudos recentes
Com base em alguns estudos científicos iremos te mostrar a eficácia da Cannabis para o tratamento dessa síndrome.

O primeiro estudo é de 2020 intitulado “Canabidiol para o tratamento de pacientes com Síndrome de West e Epilepsia". Durante a pesquisa, foi constatado, principalmente, a relevância do CBD (canabidiol presente na planta) no tratamento dessa enfermidade. Foi observado que o canabidiol pode reduzir a frequência de convulsões melhorando a qualidade de vida de crianças afetadas por encefalopatias epilépticas, apresentando melhorias nos padrões de sono, humor e atenção.

Em outra fase do estudo, foi revelado que 86% dos pacientes apresentaram algum benefício clínico e 10% experimentaram uma resposta clínica completa, como a redução da hiperatividade neuronal.
Em um segundo estudo revisado intitulado “Cannabidiol-enriched medical cannabis as add-on therapy in children with treatment-resistant West syndrome: A study of eight patients” publicado em 2021 no portal ScienceDirect foi avaliado o efeito do CBD em oito pacientes portadores da Síndrome de West e refratários ao tratamento convencional.

Os resultados revelaram que o canabidiol foi capaz de reduzir drasticamente as convulsões de 50% dos pacientes. A terapia também apresentou boa tolerabilidade aos participantes.

Estes são alguns dos inúmeros estudos relacionados a epilepsia em crianças, uma das síndromes que possui este sintoma que é tão preocupante para os pais e muito sofrido para os filhos, mas o que nos tranquiliza é saber que existe um medicamento realmente eficaz, e além de tudo, natural.

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REFERÊNCIAS:

Garcia, T. R., Cruz, M. C. A., Silva, G. D. O. A., Cardoso, E. F., & Arruda, J. T. (2020). Canabidiol para o tratamento de pacientes com Síndrome de West e epilepsia. Research, Society and Development, 9(9), e420997267-e420997267.

Caraballo, R., & Valenzuela, GR (2021). Cannabis medicinal enriquecida com canabidiol como terapia complementar em crianças com síndrome de West resistente ao tratamento: um estudo com oito pacientes. Apreensão , 92 , 238-243.

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