O SISTEMA ENDOCANABINOIDE

O Sistema Endocanabinoide (S.E.C) é considerado o ''maior sistema do corpo humano'', foi descoberto por completo em 2013 pelo químico botânico, pesquisador, professor e cientista Búlgaro - Israelense, Dr. Raphael Michoulan, sua equipe e cientistas associados, sendo uma das maiores descobertas científicas do séc XX na área da medicina, com avanços surpreendentes no séc XXI.

O Sistema Endocanabinoide (S.E.C.) é uma rede muito vasta de receptores espalhados por todo o organismo (órgãos, vísceras, gônadas, sistema imunológico e ósseo) e sistema nervoso central (S.N.C).O primeiro receptor identificado Dr. Michoulan e sua equipe foi o CB1 (presentes no S.N.C, órgãos, gônadas e vísceras) em 1988.

Em 1992 foi descoberto o primeiro neurotransmissor canabinoide endógeno, denomidado Anandamida (em sânscrito significa felicidade). Foi constado que esta molécula se liga ao receptor CB1 e que o THC desempenhava a mesma função, mesmo não tendo estrutura idêntica. Também foi observado que a Anandamida era produzida por nosso organismo sob demanda sempre que nosso organismo precisa ser equilibrado e que tinha função de regular uma gama enorme de funções fisiológicas, como alterações de humor, apetite, glicose, percepção da dor e até mesmo a fertilidade.

Então a primeira grande descoberta do mecanismo de ação dos canabinoides presentes na cannabis, mais precisamente o THC, no nosso organismo, foi que era possível substituir a Anandamida em casos de insuficiência da molécula regulatória.

A descoberta seguinte foi o receptor CB2, em 1993, presente de forma abundante no sistema imunológico, no periférico, metabólico e em muitos órgãos. Ampliando assim a área de cobertura dos receptores canabinoides. Logo após, em 1995, foi realizado mais um descoberta fantástica, o neurotransmissor lipídico 2AG (2-araquidonil glicerol), ainda mais potente e mais prevalente que o Anandamida, e que também se apresentava compatível aos canabinoides presentes na Cannabis, ou seja, também poderia ser substituído na necessidade de reforço para equilibrar o nosso organismo.

Nos anos seguintes, entre 1997 e 2012 ocorreram uma sequência de descobertas fantásticas, incluindo as enzimas metabólicas FAAH e MAGL, o importantíssimo “efeito entourage (sinergia entre os neurotransmissores endocanabinoides, assim como entre os compostos da cannabis), os canais iônicos TRP, a sinalização retrógrada (efeito de proteção no cérebro contra superestimulação, inflamação e trauma), a deficiência endocanabinoide clínica (hipótese de que a diminuição da função endocanabinoide está na raiz de várias patologias), os receptores nucleares PPARs, as proteínas de ligação dos ácidos graxos e por fim as mitocôndrias.

Todo este contesto de descobertas, entre 1988 à 2012, deram forma a um sistema, que pela sua dimensão, foi considerado o maior de todos os sistemas do corpo humano, pois ele está presente no organismo todo e é capaz de influenciar todos os demais sistemas. Este sistema foi então denominado de “Sistema Endocanabinoide” em 2013 e a partir de então as inúmeras respostas em relação a polivalência e a importância da cannabis para o nosso organismo passaram a ser esclarecidas.

Junto às descobertas foi constatado que as moléculas endocanabinoide Anandamida (ANA) e o 2-araquidonil glicerol (2-AG) são produzidos pelo nosso organismo, desde a maturação fetal, com o papel de modular todos os sistemas do corpo humano, regulando ou prevenindo desbalanços (homeostase do organismo). Mas com o envelhecimento do organismo ou por deficiências genéticas, vamos diminuindo a capacidade de síntese destas moléculas, e assim começam as desordens nos mais variados sistemas do corpo humano, originando as patologias.

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Também foi evidenciado que os receptores canabinoides CB1 e CB2 são como uma fechadura e os endocanabinoides (ANA e 2-AG) são como a chave, produzidos sob demanda, onde estiver ocorrendo desbalanço no organismo eles conseguem se acoplar aos receptores canabinoides (que estão contidos na maioria dos sistemas) e equilibrar o estimulo desordenado, evitando a evolução para uma patologia ou sintoma.


E com todas estas incríveis descobertas, a mais interessante foi que os fitocanabinoides THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) e o CBD (Canabidiol), assim como os demais contidos na planta da Cannabis Sativa, tem o mesmo potencial modulatório que os endocanabinoides, sendo assim possível realizar a suplementação dos mesmos por variadas vias e obter o balanço que o organismo está necessitando no momento (eles agem estimulando/equilibrando novamente a síntese dos endocanabinoides Anandamida e 2-Ag).

Fica assim esclarecido à partir desta grande descoberta, todo o mecanismo de ação dos canabinoides nas patologias passaram a ter sentido, aquilo que parecia “milagre” pra alguns e “exagero” pra outros passou a ter cunho científico, além de termos conhecimento que o maior sistema do corpo humano não é o tegumentar, e sim o sistema endocanabinoide.

Além da compreensão que a Cannabis Medicinal tem capacidade de tratar centenas de patologias, pois temos receptores distribuídos por todo nosso organismo, e onde necessitar de equilíbrio os compostos conseguem agir e proporcionar uma estabilização do desbalanço acometido, impactando diretamente na qualidade de vida.

Todos necessitamos de Cannabis, sendo para prevenção de patologias ou tratamento.

Conheça os benefícios do THC  

O THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) é um dos fitocanabinoides encontrados na planta Cannabis Sativa. Conhecido popularmente pelo seu efeito psicoativo, porém possui propriedades medicinais muito significativas, sendo aplicado...