Existem evidências que apoiam a proposta de que a Cannabis seja empregada historicamente dentro da ginecologia para tratar os sintomas que acometem as mulheres, incluindo dores climatéricas e transtornos de ansiedade. Apesar disso, foi apenas recentemente com a descoberta do sistema endocanabinoide (SEC) que essa proposta se tornou mais aceita.

Estudos apontam que o estrógeno mantém uma relação íntima com os canabinoides, a tal ponto de quando o hormônio atinge seu nível máximo, o mesmo acontece com os endocanabinoides. Somado a isso temos que o SEC atua principalmente na manutenção da homeostase do corpo, portanto podemos compreender a íntima relação da planta com a saúde feminina.

Sabemos também que os canabinoides atuam no equilíbrio dos neurotransmissores e em suas respostas, e que os casos de transtornos psicológicos estão acompanhados de um desequilíbrio do sistema endocanabinoide, interferindo na homeostase do organismo. O tratamento com a Cannabis é fundamental para a regulação desse sistema e para o combate desses casos clínicos.

Esse grande poder ansiolítico da planta é explicado pela região do cérebro onde ela atua. Os canabinoides atuam em áreas específicas do cérebro envolvidas na ansiedade, promovendo o equilíbrio da síntese de neurotransmissores e proporcionando a estabilidade dos sintomas, ou seja, age diretamente na causa raiz da patologia.