VAPORIZE.
Hoje vamos te apresentar malefícios da combustão X os benefícios da vaporização da Cannabis, veja o que os estudos falam.
A abordagem da redução de danos envolve uma gama de iniciativas focadas primordialmente no cuidado do usuário.
Sua finalidade consiste em mitigar os perigos sociais, econômicos e de saúde enfrentados por indivíduos que optam por não parar de usar substâncias entorpecentes, ou que enfrentam dificuldades em fazê-lo.
É importante lembrar que o abuso de qualquer que seja a substância pode ser bastante prejudicial ao organismo. O THC, a substância da planta responsável pelos efeitos psicoativos, no entanto, quando há um uso descontrolado desse composto, ele pode piorar quadros como a ansiedade, crise de pânico e a esquizofrenia, além de não ser indicado para gestantes e menores de 18 anos.
A vaporização é uma das formas de inalar os compostos por meio de um vaporizador, no qual a flor da planta é aquecida a uma temperatura ideal para descarboxilação dos fitocompostos da planta, que é o processo de ativação das propriedades psicoativas da Cannabis através do calor, através da volatilização (tornar sólido em gás/vapor).
Contudo muito abaixo da temperatura de combustão, ou seja, o usuário inala o vapor e não a fumaça, que é repleta de substâncias cancerígenas e toxinas prejudiciais.
Em 2016, o estudo alemão “Cannabis medicinal: validação in vitro de vaporizadores para inalação de Cannabis sem fumaça” (tradução), constatou que os vaporizadores podem ser considerados como um modo de aplicação promissor para a administração segura e eficiente de canabinoides.
Já no Jornal Canadense de Saúde Pública, em 2022, foi apresentado o estudo “Os vaporizadores são uma alternativa de menor risco ao fumo de Cannabis?” (tradução), que tratava das vantagens da vaporização de Cannabis sobre o fumo.
Nele foi relatado que o método de vaporização foi capaz de reduzir a concentração de alcatrão (composto tóxico liberado durante o fumo), a exposição ao monóxido de carbono (substância tóxica), além de conservar terpenos e canabinoides da flor de Cannabis medicinal.
Tendo em vista a baixa absorção de monóxido de carbono no método de vaporização da Cannabis, podemos entender que também houve baixa exposição a outras toxinas de combustão gasosa.
Isso acontece porque a maioria dos fitocompostos presentes na cannabis são volatizados a temperaturas bem mais baixas que a combustão, sabendo disso o vaporizador é uma das poucas técnicas que consegue controlar a temperatura desejada e com isso tornar volátil para inalação substâncias que são perdidas na combustão ou em outros métodos.
Cada canabinoide possui uma temperatura ideal para vaporizar, o ponto de ebulição do THC por exemplo é de 157°, mas não há problemas vaporizar por volta de 170ºC até 190°C, e nessa temperatura, os compostos (canabinoides e terpenos) ativos na Cannabis são convertidos em vapor, dentro da temperatura ideal e podem ser inalados. Na combustão a temperatura pode passar dos 800°C, fazendo com que seja perdido muitos dos canabinoides e terpenos e com que seja liberada substâncias nocivas à saúde.
Veja o que essas vantagens trazem de benefícios para os pacientes:
Na vaporização nenhuma substância tóxica é liberada, como acontece na combustão, além de não promover o aquecimento das vias aéreas como a versão fumada, assim o sistema respiratório do paciente não sofre nenhum dano, lembre-se o que é inalado é vapor e não fumaça, e este vapor tem o sabor e o aroma dos terpenos, completamente diferente do método fumado, que além de todos os malefícios também é impossível sentir os terpenos, ou seja, quem fuma desconhece o sabor e o aroma da Cannabis.
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Por conta da conservação dos fitocompostos, devido a temperatura ideal da descarboxilação, o vaporizador consegue potencializar os benefícios medicinais da Cannabis. Além do que, na terapia canabinoide existe o efeito comitiva, isto é, os compostos da planta promovem mais efeitos quando trabalham juntos. Ou seja, quanto mais terpenos, flavonoides e canabinoides em seu medicamento, maior a ação medicinal que a Cannabis promoverá no organismo.
Devido a potencialização dos efeitos terapêuticos e psicoativos, a sua eficiência é maior, ou seja, na vaporização é possível obter maior absorção dos compostos do que em outros métodos, tendo maior aproveitamento da dose, fazendo com que o paciente também economize, além do que uma pequena dose, cerca de 1/3 do conteúdo de um cigarro, é o suficiente para preencher o refil de um vaporizador e é possível realizar até 2 ciclos.
Desse modo, vemos que a vaporização é um método de inalação da Cannabis sem danos, com grande potencial terapêutico e de rápida absorção. Indicado para complemento do tratamento com óleos e extratos, usados para resgates de crises ou até mesmo para momentos de relaxamento no final do dia.
Vale lembrar que hoje em dia não é possível comprar flores in natura devido decisão recente da Anvisa, que retrocedeu na liberação por ela mesmo autorizada mediante identificar possíveis desvios para fins ilícitos, mas que a qualquer momento pode liberar novamente.
Já as extrações de Cannabis são autorizadas mediante receita médica, e estas também podem ser vaporizadas, o que torna possível hoje o acesso legal para aqueles que desejam ou necessitam usar a via inalatória. Porém em casos em que o paciente necessita das flores para complemento de tratamento, como no caso de dores crônicas, insônia e crises de pânico, é necessário solicitar o habeas-corpus e realizar o seu próprio plantio.
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Referências:
Lanz C, Mattsson J, Soydaner U, Brenneisen R. Medicinal Cannabis: In Vitro Validation of Vaporizers for the Smoke-Free Inhalation of Cannabis. PLoS One. 2016 Jan 19;11(1):e0147286. doi: 10.1371/journal.pone.0147286. PMID: 26784441; PMCID: PMC4718604.
Chaiton, M., Kundu, A., Rueda, S. et al. Are vaporizers a lower-risk alternative to smoking cannabis?. Can J Public Health 113, 293–296 (2022). https://doi.org/10.17269/s41997-021-00565-w
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