Jesus, Cleópatra e Pedro Álvares Cabral tem um ponto em comum, o uso da Cannabis de diferentes formas. Vamos entender o que os registros históricos falam.
Historiadores apontam que figuras icônicas para a humanidade fizeram uso de variedades da planta para diferentes funções, citando Jesus e Moisés com o uso em suas vestimentas, no óleo da Sagrada Unção e incensos, Cleópatra como óleo de beleza e medicamentos, e nas velas das embarcações de Pedro Álvares Cabral.
A Cannabis acompanhou vários períodos e civilizações na história da humanidade desde que o ser humano teve seu primeiro contato com a planta, existem diversos registros de variadas formas de uso da planta.
A maioria dos historiadores hoje entram em consenso sobre o uso da Cannabis no Egito antigo, segundo um artigo chamado “Cannabis (maconha-cânhamo) no Antigo Egito” (tradução), do historiador chamado Veneza Ibrahim Attia, pesquisador do tema, os egípcios utilizavam o cânhamo para produção de cordas, velas de navios e barcos, tecidos e como um de seus ingredientes médicos.
A planta é citada em alguns papiros da época, como registro do artigo intitulado "Estudo dos textos médicos egípcios" (tradução), publicado na revista Egyptian Archaeology, Vol. 20, faz referência ao Papiro Ramesseum III (1700 aC), mantido no Museu Britânico. Este papiro contém uma inscrição de uma receita que menciona o uso da cannabis no tratamento de Obstetrícia. A tradução desta inscrição descreve o uso da cannabis da seguinte maneira: "A planta era moída em mel e introduzida na vagina para resfriar o útero e reduzir seu calor."
Outro papiro, chamado “Brugsch Papyrus” (1300 aC) relata o uso de uma pomada feita com Cannabis utilizada na época para alívio da febre. Já no Papiro de Viena 6257, datado de aproximadamente 200 DC, nas Colunas IX e XIV, o historiador grego siciliano Diodorus Siculus mencionou que as mulheres egípcias recorriam à cannabis como um remédio para aliviar a melancolia e o mau humor, combater a insônia, atuar como anestésico e aliviar a dor, inclusive Cleópatra.
Mas a longa história da humanidade ao redor da planta não acaba por aí, um artigo publicado no Jornal do Instituto de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv chamado “Cannabis e olíbano no santuário judaico de Arad” (tradução), relatou sobre os resultados da análise de um material escuro não identificado preservado nas superfícies superiores de dois monólitos que foram usados em um antigo templo judaico, “foram detectados resíduos de canabinoides como Δ9-teterahidrocanabinol (THC), canabidiol (CBD) e canabinol (CBN), juntamente com uma variedade de terpenos e terpenóides, sugerindo que inflorescências de cannabis haviam sido queimadas nele.”, afirmaram os pesquisadores.
A partir dessa publicação, os arqueólogos chegaram à conclusão de que possivelmente o termo hebraico “ kaneh bosm”, citado na bíblia, significa Cannabis e que fora traduzido errado ao longo da história. “Os tradutores da Bíblia traduzem isso geralmente como 'cana perfumada', isto é, uma erva aromática. Uma vez traduzida corretamente a palavra, o uso de cannabis na Bíblia fica claro.” disse o professor Carl Ruck em entrevista ao Haaretz, um jornal israelense.
É mencionado no Êxodo que kaneh bosm fazia parte do Óleo da Sagrada Unção de Jesus, e também era utilizado como incenso. Esse Óleo Sagrado tinha uma aplicação específica na Tenda do Encontro, onde o anjo do Senhor se comunicava com Moisés através de uma coluna de fumaça sobre o altar. De acordo com as descrições no Êxodo, tanto Moisés quanto os Sumos Sacerdotes ungiram-se com este óleo e também derramaram um pouco de incenso sobre o altar antes e durante o ritual de queima. Registros também indicam o uso do cânhamo nas vestimentas e calçados da época, indicando seu uso de forma muita difundida e polivalente.
Até mesmo na chamada descoberta do Brasil pelos portugueses a Cannabis estava envolvida, existem muitas fontes históricas que relatam o uso do cânhamo nas embarcações de Pedro Alvares Cabral no século XV, por ser uma fibra forte e duradoura, utilizada como vela para as longas viagens na época das grandes navegações.
Um artigo brasileiro de 2011 chamado “Proibição da maconha no Brasil e suas raízes históricas escravocratas” cita que na renascença o cânhamo era um dos principais produtos agrícolas na Europa e que, desde a antiguidade, a fibra da planta era utilizada para a manufatura de diversos utensílios.
“Tendo chegado graças às velas de cânhamo de suas embarcações, a história oficial diz que foi Pedro Álvares Cabral que descobriu o Brasil. Como já viviam milhões de nativos aqui, chamados pelos portugueses de índios, pois imaginavam estar chegando às Índias, ninguém descobriu nada! Ou então, podemos dizer que a maconha descobriu o Brasil.”, afirmaram os autores.
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Referências:
Cannabis (maconha-cânhamo) no Antigo Egito Família: Canabiáceas, por: Veneza Ibrahim Attia
Eran Arie, Baruch Rosen & Dvory Namdar (2020) Cannabis and Frankincense at the Judahite Shrine of Arad, Tel Aviv, 47:1, 5-28, DOI: 10.1080/03344355.2020.1732046
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