A Doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo e fatal caracterizado pela deterioração da função cognitiva e da memória, além do comprometimento gradual das atividades cotidianas e uma gama de sintomas neuropsiquiátricos e mudanças comportamentais. A causa dessa condição ainda permanece desconhecida, embora haja uma suspeita de influência genética. A Doença de Alzheimer é a forma mais prevalente de demência neurodegenerativa em idosos, responsável por mais da metade dos casos nessa faixa etária.

O quadro clínico da Doença de Alzheimer geralmente é categorizado em quatro estágios distintos:

Estágio Inicial: Neste estágio inicial, observam-se alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
Estágio Moderado: Na forma moderada da doença, os sintomas incluem dificuldade na comunicação verbal, na execução de tarefas simples e na coordenação de movimentos. Agitação e insônia podem estar presentes.
Estágio Grave: No estágio grave, há uma notável resistência à realização de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para alimentar-se e uma progressiva deficiência motora.
Estágio Terminal: No estágio terminal, o paciente enfrenta restrição ao leito, mutismo (incapacidade de falar), dor durante a deglutição e está mais suscetível a infecções intercorrentes.

Essa divisão em estágios ajuda a compreender a progressão da doença e a adaptar os cuidados e o suporte necessários em cada fase. É comum o aparecimento de sintomas como irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade e consequentemente a perda de peso, fato muito frequente, associado à deficiência de nutrientes, causada pela baixa ingestão alimentar, podem gerar um quadro de subnutrição.

Visando esses sintomas mais aparentes da patologia, um estudo chamado “THC oral: extrato de cannabis CBD nos principais sintomas da doença de Alzheimer: agitação e perda de peso” (tradução) de 2023, publicado na Itália, reuniu Trinta pacientes (9 homens e 21 mulheres) com diagnóstico de Alzheimer leve, moderada ou grave, com idades entre 65 e 90 anos. Esses pacientes passaram por um tratamento onde duas vezes ao dia durante 12 semanas tomaram um óleo com componentes extraídos da Cannabis com composição de 22% THC e 0,5% CBD diluído em azeite. A eficácia da terapia com canabinóides foi avaliada no início do estudo e 12 semanas após a terapia por meio de questionários respondidos pelos cuidadores responsáveis.

Com resultado do estudo, os pesquisadores puderam observar que houve significativa redução nos sintomas de agitação, apatia, irritabilidade, distúrbios do sono e distúrbios alimentares nestes pacientes. “Os níveis de comportamentos agressivos físicos e verbais, medidos através do questionário CMAI, foram mais baixos em todos os pacientes. O questionário confirmou diminuição significativa do comprometimento cognitivo em 45% dos pacientes.” (Tradução). Esses resultados sugerem que a cannabis pode desempenhar um papel importante no manejo dos sintomas dessa doença neurodegenerativa.

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Referências:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/alzheimer

Palmieri B, Vadalà M. Oral THC: CBD cannabis extract in main symptoms of Alzheimer disease: agitation and weight loss. Clin Ter. 2023 Jan-Feb;174(1):53-60. doi: 10.7417/CT.2023.2497. PMID: 36655645.

Estudo clínico realizado com óleo de THC em pacientes com Alzheimer tem resultados animadores na redução de alguns sintomas

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Referências:

DIA DA MULHER