Mal de Parkinson

A data de hoje é muito especial, neste dia 11/04 comemoramos o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Parkinson, o movimento é muito importante para esclarecermos a todos o papel da cannabis no tratamento da patologia. Em homenagem à campanha vamos te explicar os benefícios da planta que ajudam a combater a patologia e permitem que os seus portadores levem uma vida mais tranquila.

A síndrome de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, de evolução lenta, crônica, progressiva e sem cura. É ocasionada pela diminuição drástica de neurônios na área cerebral afetada.
O controle motor é perdido ocorrendo sinais e sintomas característicos da patologia,outros fatores, genéticos e ambientais, podem estar ligados ao surgimento da doença.

O diagnóstico é essencialmente clínico, de acordo com os sinais e sintomas. Os sintomas são divididos em:

  • Motores: lentidão dos movimentos, tremores, rigidez muscular e contração involuntária dos muscúlos
  • Não motores: transtornos depressivos, de humor, insônia, ansiedade

O tratamento convencional é feito com medicações químicas que estimulam a síntese de neurotransmissor, também são prescritos ansiolíticos, antidepressivos ou antipsicóticos de acordo com os sintomas apresentados. Porém estes medicamentos ocasionam muitos efeitos colaterais e pouca efetividade para estabilização da doença, e consequentemente não conseguem impedir a progressão da doença.

Além do tratamento medicamentoso, é indicado o tratamento adjuvante com equipe multidisciplinar: fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutricionista, atividade física.

Cannabis
Sabemos que a Cannabis exerce um papel regulatório em todo o organismo, principalmente a nível do S.N.C (sistema nervoso central), tendo como principais ações a neurogênese e neuroproteção cerebral, atuando diretamente na neuroinflamação crônica que as doenças neurológicas causam.

Na doença de Parkinson a Cannabis age diretamente na área cerebral que está em desbalanço (mesencéfalo) modulando principalmente a síntese de dopamina, serotonina e GABA (ácido γ-aminobutírico) e também a inibição do excesso de produção de outros neurotransmissores excitatórios (glutamato, acetilcolina) que estão desordenados, proporcionado um equilíbrio neuronal, estabilizando e impedindo a progressão da doença.

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Esta região possui dois tipos de receptores canabinoides CB1 e CB2, sendo indicado para o tratamento na maioria dos casos um composto que contenha os fitocanabinoides CBD (Canabidiol) e THC (Delta-9-tetrahidrocanabinol).

O tratamento proporciona gradativamente a estabilização dos sintomas motores (principalmente tremores, rigidez e a bradicinesia) e também os sintomas não motores (ansiedade, depressão, insônia, humor), proporcioando assim uma melhora muito significativa em sua qualidade de vida.

Os fitocanabinoides possuem ação comprovada na neuroproteção, anti-inflamatória e antioxidante em várias regiões cerebrais. Mais especificamente o THC demonstrou ser eficaz em promover a neurogênese (síntese de novos neurônios) no cérebro.

Apesar de o CBD e o THC serem os canabinoides mais indicados ao longo do estudo, eles não são os únicos compostos da planta que são importantes para o tratamento da doença. As propriedades terapêuticas da cannabis mais importantes para o tratamento da patologia são:

  • Neurogênese: Os compostos promovem mais conexões entre os neurônios e retardam a neurodegeneração da patologia. Os mais indicados são: CBD, THC e o Delta-8 (delta-8-THC).
  • Melhora do sono: Eles aliviam o estresse e promovem efeitos sedativos. Para este efeito podemos citar o: CBD, CBN (canabinol), THC e o Delta-8
  • Ansiolítica: Os canabinoides controlam os níveis de ansiedade facilitando a vida dos pacientes. Tais como o: CBD, CBG (cannabigerol) e o Delta-8
  • Antidepressiva: Eles também trazem qualidade de vida aos pacientes, eliminando os sintomas depressivos. Neste caso são importantes o: THC, CBD e o Delta-8

Além desses efeitos terapêuticos, a planta também é essencial para o controle dos sintomas motores. O THC exerce um papel fundamental nesse sentido, o canabinoide reduz expressivamente os tremores do paciente, possibilitando que realize suas atividades diárias.

Estudos
Uma revisão bibliográfica de 2019, intitulada “O uso do canabidiol (CBD) no tratamento da doença de Parkinson e suas comorbidades” feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo revisou 15 estudos científicos que tratavam do uso da cannabis para o tratamento do Mal de Parkinson.

Para a análise dos resultados, foram feitas pesquisas utilizando principalmente o CBD. Na grande maioria dos estudos clínicos que envolveram a administração do canabinoides nos pacientes, os autores apontaram que o canabidiol reduziu os principais sintomas da DP e não produziu efeitos adversos.

Um segundo estudo chamado “What Do We Know About Medical Cannabis in Neurological Disorders and What Are the Next Steps?” publicado em 2022 no portal Frontier os Pharmacology afirmou que até o momento a grande maioria dos dados científicos revisados apoiam a terapia canabinoide para patologias neurodegenerativas, tal como o Mal de Parkinson.

Por fim, um outro estudo de 2022 intitulado “Cannabis use in Parkinson's disease-A nationwide online survey study” disponível no PubMed realizou uma pesquisa com mais de 500 pacientes diagnosticados com Mal de Parkinson da Noruega e revelou que os participantes relataram as seguinte melhorias com o uso da cannabis:

  • 69,5% relatou melhora da função motora
  • 52,5% relatou melhora do sono
  • 37,3% afirmou melhora na dor

Diante de tantas evidências é indiscutível a importância da cannabis medicinal no tratamento do paciente com Mal de Parkinson. A planta precisa estar incluída nas terapias desses pacientes, ela é capaz de transformar a vida dessas pessoas e permitindo que elas voltem a viver normalmente e com muita qualidade de vida.

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REFERÊNCIAS:

Lacroix C, Alleman-Brimault I, Zalta A, Rouby F, Cassé-Perrot C, Jouve E, Attolini L, Guilhaumou R, Micallef J, Blin O. What Do We Know About Medical Cannabis in Neurological Disorders and What Are the Next Steps? Front Pharmacol. 2022 Apr 27;13:883987. doi: 10.3389/fphar.2022.883987. PMID: 35571129; PMCID: PMC9091192.

Erga AH, Maple-Grødem J, Alves G. Cannabis use in Parkinson's disease-A nationwide online survey study. Acta Neurol Scand. 2022 Jun;145(6):692-697. doi: 10.1111/ane.13602. Epub 2022 Feb 17. PMID: 35178701.

Dia do Combate ao Câncer Infantil

Dia 23/11/2022, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, campanha muito importante para alertar a população sobre a patologia. Em homenagem a data vamos esclarecer algumas questões da doença e explicar como a cannabis pode ajudar no tratamento.

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