Hoje dia 20 de Novembro se comemora o Dia da Consciência Negra, uma data que tudo tem haver com a Cannabis, já que grande parte do preconceito com a planta vem historicamente do racismo contra os povos pretos. Veja abaixo essa relação mais detalhadamente.
A história da Cannabis está intimamente ligada à do nosso país, tem seu início com a própria descoberta do país. A maconha é uma planta não natural no território brasileiro, foi trazida para cá pelos escravos negros, por esse motivo a planta recebeu o nome de fumo-de-Angola. Escondidas dentro de bonecas amarradas nas tangas, as primeiras sementes de ganja chegaram ao país em 1549 por intermédio dos negros escravizados, conforme registro histórico do Ministério das Relações Exteriores.
“Para alguns, faz muito mal, atordoa e embebeda; a outros, faz bem e faz soltar muitas rimas pela boca”, escreveu um padre jesuíta no fim do século XIV, sobre o possível uso de Cannabis entre os negros.
Os portugueses também tinham certo contato com a planta, mas utilizavam apenas a fibra do cânhamo para fazer as velas de suas embarcações, não usufruindo da Cannabis como remédio ou de seus efeitos psicoativos.O povo preto é pioneiro no uso da cannabis para fins recreativos e terapêuticos em tradições seculares no Brasil, apenas séculos mais tarde, com a popularização da planta entre intelectuais franceses e médicos ingleses do exército imperial na Índia, ela passou a ser considerada para a medicina européia como um excelente medicamento indicado para muitas condições’
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Além do recreativo, o uso da planta para tratar doenças estava avançado em nível surpreendente. Inclusive, era um ato de resistência à dominação branca, pois os africanos tinham conhecimentos sobre muitas ervas e as utilizavam para o tratamento de diversas condições como enjoo, melhora do apetite, analgésico e melhora do humor. Benefícios esses que séculos depois a ciência moderna veio a comprovar.
O mesmo Brasil que teve esse contato íntimo desde o início da sua história, também foi o primeiro país a proibir o uso da planta em seu território. A demonização da planta se iniciou em 1830, uma lei instaurada em 1830 na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a Lei de Posturas penalizava os “escravizados e outras pessoas” consumidoras do “pito do pango” com três dias de cadeia e chicotadas.
Essa e outras proibições posteriores tiveram sem dúvidas alguma a motivação de controle social dos negros escravizados e se mantiveram após a libertação. Essa relação entre o racismo e a guerra às drogas se mantém até hoje. O Infopen (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias) de 2016 aponta que 64% da população carcerária brasileira é preta, um índice que atinge 95% no Acre e 91% no Amapá, além disso, o maior motivo de encarceramento é o tráfico de drogas razão de 28% dos crimes ocorridos no país em que a diferença salarial entre brancos e negros atinge 45%.
Neste dia 20 de Novembro, é importante lutar pela memória histórica do nosso país. A luta pela legalização também é luta pelo fim da guerra às drogas, uma política que já é secular e que de muitas formas prejudica e tira vidas da parte mais economicamente vulnerável da população, composta em sua maioria de pretos e pardos.
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Referências:
A história da maconha no Brasil
Estudo apresenta efeito antitumoral e outros benefícios da Cannabis no CA de próstata.