"CBD não é psicoativo".
Sim, o CBD é psicoativo, e a maioria das pessoas desconhecem esta informação, até mesmo muitos médicos. Ele age no sistema nervoso central, provocando alterações no estado mental como o controle de uma crise de pânico.
Porém ele não é intoxicante, e este é o ponto chave, o motivo dele não provocar alterações que possam fazer a pessoa perder o sentido ou o controle de si, de forma temporária. Então podemos dizer que o CBD e o THC são psicoativos, e o que os diferencia é que o THC é intoxicante, e o CBD não.
Uma "substância psicoativa" é formalmente definida como uma substância química que, quando introduzida no organismo, tem a capacidade de afetar o funcionamento do sistema nervoso central, resultando em alterações temporárias no estado mental, percepção, humor, consciência e comportamento da pessoa. Essas substâncias têm a capacidade de cruzar a barreira hematoencefálica e interagir com receptores específicos no cérebro, levando a efeitos diversos.
As substâncias psicoativas podem ser classificadas em diferentes categorias, incluindo depressores do sistema nervoso central (como álcool e benzodiazepínicos), estimulantes (como anfetaminas e cafeína) e alucinógenos (como LSD e psilocibina). O uso dessas substâncias pode ter uma variedade de efeitos, desde a indução de estados de euforia até a alteração da percepção sensorial e cognitiva. O termo é frequentemente associado ao uso recreativo ou terapêutico de substâncias que afetam a mente.
Sendo assim, um estudo chamado “Reivindicações de canabidiol e equívocos” (tradução), de 2017, expõe alguns equívocos acerca do Canabidiol e da terminologia farmacêutica. Segundo o artigo, o CBD é geralmente posto como uma substância não psicoativa ou psicotrópica, quando em comparação ao THC, no entanto o CBD deveria ser corretamente enquadrado como não intoxicante.
Uma substância intoxicante provocará alterações no estado mental, levando a uma perda de controle sobre o processo de pensamento ou comportamento da pessoa, um bom exemplo seria o álcool, que provoca a sensação de embriaguez.
Dado seus benefícios para condições psicológicas como a ansiedade, depressão esquizofrenia e etc, não seria correto colocar o CBD como não psicoativo. Até agora, as informações disponíveis sugerem que o CBD pode modular a atividade dos canabinoides endógenos, em vez de exercer um impacto direto nos receptores canabinoides. Dado que esses receptores estão extensivamente distribuídos por todo o corpo, há uma gama de efeitos potenciais. Se o CBD não fosse psicoativo, não seria capaz de oferecer esses benefícios.
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Referências:
Russo, Ethan B. “Cannabidiol Claims and Misconceptions.” Trends in Pharmacological Sciences, vol. 38, no. 3, Mar. 2017, pp. 198–201, https://doi.org/10.1016/j.tips.2016.12.004. Accessed 25 Oct. 2019.
Sidarta Ribeiro é neurocientista, biólogo, mestre em biofísica, pós-doutor em neurofisiologia, professor, vice-diretor do Instituto do Cérebro ...