Diagnóstico:

Apesar de sabermos um período de estimativa de ocorrência deste evento biológico, o diagnóstico definitivo do climatério é clínico, principalmente fundamentado na faixa etária, na alteração do padrão menstrual e nas manifestações climatéricas. Contudo, foram desenvolvidos alguns índices para a caracterização deste distúrbio, denominados de índices menopausais e todos têm como princípio a somatória ponderada das manifestações climatéricas.

Tratamento Convencional:

A terapia mais comumente associada ao tratamento paliativo do climatério é a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), na qual são indicados para a mulher hormônios exógenos a fim de suprir o déficit hormonal. Entretanto, existem uma série de contra indicações para a intervenção com a TRH, tais quais históricos de câncer de mama, câncer de endométrio, tromboembolismo agudo, entre outros. Isso se dá, pois existem estudos que confirmam a relação das patologias citadas com a terapia em questão.

Diante dos riscos vinculados ao TRH, muitos pacientes procuram por terapias alternativas que contribuam para amenizar as manifestações climatéricas. Dentre as mais eficientes podemos destacar a administração com suplementos vitamínicos e minerais que ajudam na amenização dos sintomas.

2 - Cannabis e Menopausa

Existem evidências que apoiam a proposta de que a cannabis seja empregada historicamente dentro da ginecologia para tratar os sintomas que acometem as mulheres, incluindo as complicações climatéricas. Apesar disso, foi apenas recentemente com a descoberta do sistema endocanabinóide (SEC) que essa proposta se tornou mais aceita.

Correlacionando com os dias atuais, a Sociedade Norte Americana de Menopausa já entrevistou 1.500 mulheres no Canadá a fim de entender a correlação do consumo de cannabis com as dores do climatério e concluíram que cerca de um terço das entrevistadas já tinham utilizado a cannabis

Estudos apontam que o estrógeno mantém uma relação íntima com os canabinóides, a tal ponto de quando o hormônio atinge seu nível máximo, o mesmo acontece com os endocanabinóides. Somado a isso temos que o SEC atua principalmente na manutenção da homeostase do corpo, portanto podemos compreender o quão afetado fica o organismo com a queda das taxas de estrogênio e a sua ligação com a cannabis. 

Na terapia com fitocanabinóides, temos que os fitoterápicos ajudam com as:

• Ondas de calor, pois a administração com canabinóides já se provou efetiva na termorregulação e com isso ameniza as complicações que afetam o hipotálamo, região responsável pela regulação térmica;
• Alterações de humor, visto que o CBD já foi comprovado como um importante ansiolítico e com ações calmantes;
• Fraqueza dos ossos, de acordo com um estudo norte americano o nosso sistema endocanabinoide possui um importante papel dentro do metabolismo ósseo, sendo fundamental para a saúde óssea;

Por fim, vale ressaltar que um estudo brasileiro realizado na UFRGS comprovou que o CBD contribui para a reversão dos danos causados na memória em decorrência da menopausa, atenuando seus efeitos. Sendo assim, é inegável o papel que a terapia canabinóide possui no tratamento dos sintomas do climatério.

Caso tenha interesse na terapia canabinóide, é preciso consultar um médico especializado. Ele será responsável por indicar qual o produto ideal e a sua dosagem, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

Referências:

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