“Cannabis não existe dose pré-determinada, cada organismo necessita de uma, é personalizado. Se o médico (a) te indicar dose prévia, desconfie e busque auxílio especializado.”
Dr. Victor Guilherme Pichek, é o médico técnico responsável pela clínica Santa Planta, é um grande estudioso do sistema endocanabinoide e dos canabinoides, professor da pós-graduação de Cann@bis Medicinal da faculdade Unyleya, é também um paciente e ativista.
Em sua prática clínica, se depara constantemente com erros básicos de prescrição, onde pacientes desanimados por não alcançar resultados com a Cannabis, o procuram para ajustar seu tratamento.
“É muito comum o paciente chegar na consulta já em uso de Cannabis a um bom tempo e sem alcançar resultados satisfatórios, descrentes do potencial da planta.
E um dos erros de maior prevalência é a forma de uso e falta de acompanhamento para os devidos ajustes, assim como desmame de medicamentos no momento certo...
Falo para os pacientes... Cannabis não existe dose pré-determinada, cada organismo necessita de uma, é personalizado. Se o médico (a) te indicar dose prévia, desconfie e busque auxílio especializado.”
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Mas segundo Dr. Victor existem outros erros comuns, que acabam distorcendo a imagem do tratamento e frustrando pacientes.
“Outro erro muito comum é a indicação equivocada de canabinoides para o quadro clínico do paciente, a maioria prescreve apenas o CBD, como se ele fosse indicado para todos os casos. E nem ao menos indicam compostos e práticas integrativas para complementar o tratamento. Obviamente não é apenas CBD, cada caso necessita de um protocolo, respeitando os limites de cada organismo...
Ouro grande problema, e digo que é um dos mais graves, é a falta de orientação quanto a interações medicamentosas e manejos necessários, a indicação de plano de desmame em determinada etapa do tratamento é fundamental... Estes pontos colocam o paciente em riscos, pois os canabinoides são metabolizados no fígado, assim como grande parte dos alopáticos, tornando os efeitos adversos mais expressivos, além também das complicações hepáticas, que são bem comuns e precisam exames periódicos para controle em alguns casos.” conclui Dr. Victor G. Pichek.
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"O mesmo menino que durante anos destruiu minha clinica durante aquela visita sentou-se na cadeira. A mãe contou que começou a dar-lhe óleo de Cannabis"
- Orit E. Stolar
