A maconha foi proibida em 1937 por racismo, xenofobia e ganância, afirmam historiadores

Já se questionou o porque a maconha é proibida, sendo que contém inúmeras propriedades medicinais, é sinônimo de sustentabilidade e pode derivar incontáveis produtos?

A esmagadora maioria pensa que ela é classificada como droga, e proibida, devido seus efeitos psicoativos, mas não é. A verdadeira história por trás da proibição é literalmente assustadora.

Se resume em mentiras, manipulação, racismo, xenofobia e ganância, conforme históricos documentados pelo pesquisador Jack Herer e outros historiadores.

O principal articulador de toda manobra para tirar de cena não apenas a maconha, mas também o cânhamo, ele chama-se  Harry J. Anslinger. Anslinger era um funcionário do governo americano que foi nomeado diretor do Federal Bureau of Narcotics and Dangerous Drugs  (FBNDD) em 1931, por seu futuro tio, Andrew Mellon (apoiador financeiro da DuPont, principal indústria textil e de munições do país).

Logo no início do seu mandato Anslinger declarou guerra contra a maconha, em um discurso totalmente racista e xenofóbico. Veja uma de suas falas registradas:

“A maioria dos fumantes de maconha são pessoas de cor, músicos de jazz e artistas. Sua música satânica é impulsionada pela maconha, e o consumo de maconha por mulheres brancas as faz querer buscar relações sexuais com negros, artistas e outros. É uma droga que causa insanidade, criminalidade e morte, a droga que mais causa violência na história da humanidade.”

Este era apenas uma forma de convencer a população também racista e xenofóbica que predominava na época nos Estados Unidos. Anslinger então contatou 30 cientistas, onde 29 lhe disseram que a maconha não era uma droga perigosa. Mas foi a teoria do único especialista que concordou com ele que apresentou ao público que a maconha era um mal que deveria ser banido, e a partir daí iniciaram as campanhas sensacionalistas de manipulação para ‘endemonizar’ o uso da planta para população.

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Estas campanhas de endemonização não tinham como objetivo apenas classificar a maconha como droga e consequentemente proibir, mas também tirar de jogo o cânhamo, e o verdadeiro motivo desta jogada era a ganância.

A maconha e o cânhamo apresentavam um risco eminente para indústria textil, da celulose e do plástico. A invenção de uma máquina chamada decorticador possibilitou a produção de produtos de cânhamo muito mais baratos, e com isso seria uma ameaça aos interesses químicos que ganhavam dinheiro com o petróleo. Foi alegado que o cânhamo era uma ameaça para várias fibras, como nylon, rayon e algodão, principais produtos da indústria textil da Dupont.

As empresas farmacêuticas também foram a favor da proibição do cânhamo e da maconha, porque ambas não eram patenteáveis (por não requerer produtos químicos), e a indústria legal de drogas entrou na briga em conjunto para eliminar a competição natural.

Mas o principal beneficiado entre as indústrias foi a Dupont, do seu futuro tio, que colaborou grandemente patrocinando as campanhas para colocar a sociedade contra a planta.

E deu certo, em 1937 a maconha foi classificada como droga, e junto a ela o cânhamo também, mesmo sem apresentar efeitos psicoativos. E como um efeito dominó ela foi proibida no mundo todo e em diversos países é até hoje.

Mas em 1996 os Estados Unidos liberaram o uso medicinal, baseado em milhares de estudos científicos, e em 2016 iniciaram as liberações do uso recreativo na Califórnia, e sucessivamente de diversos outros estados e municípios, não sendo mais classificada como droga.

Hoje diversos países já liberaram não apenas o uso medicinal, mas também o recreativo, pois é comprovado que a substância psicoativa não é capaz de promover mortes e tão pouco tornar a pessoa violenta, ou apresentar riscos para sociedade como o álcool e outras substâncias.

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