Estudo com canabinoides apresentam ação antiemética, antitumoral e qualidade de vida.
Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, e vamos apresentar a contribuição da Cannabis para patologia.
O câncer no Brasil, representa a principal causa de morte por doença entre jovens de 1 a 19 anos, correspondendo a 8% do total, com aproximadamente 12.600 novos casos em 2017.
Apesar desses números preocupantes, avanços nas últimas quatro décadas elevaram as taxas de cura para cerca de 80%, especialmente quando o diagnóstico é precoce e o tratamento é realizado em centros especializados. Essa melhoria proporciona uma perspectiva positiva de qualidade de vida pós-tratamento para a maioria das crianças e adolescentes afetados.
O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil destaca-se como uma oportunidade para estimular ações educativas, debates sobre políticas públicas, apoio a iniciativas da sociedade civil e a divulgação dos avanços científicos relacionados ao tema. Além disso, a data busca promover apoio às crianças com câncer e suas famílias, reconhecendo a necessidade de uma abordagem abrangente e integrada no enfrentamento dessa realidade desafiadora.
Cannabis & Câncer infantil
Uma revisão de estudos de 2022 chamado “Cannabis medicinal em oncologia pediátrica: amiga ou inimiga?” (tradução) revelou que, apesar de mais estudos serem necessários, existem diversas pesquisas e casos clínicos que relatam benefícios do tratamento canabinoide para o câncer infantil.
É relevante destacar que as respostas das crianças aos tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia, podem variar ligeiramente. Considerando isso, não é fora de cogitação que outras terapias específicas e inovadoras, incluindo a Cannabis, possam apresentar efeitos diferenciados em crianças em comparação com adultos.
Inicialmente, o estudo destaca que numerosas revisões recentes detalharam as evidências em apoio à ação antitumoral dos canabinoides em uma variedade de tumores adultos. Sobre os benefícios relatados no estudo sobre o tratamento para o câncer em crianças e adolescentes estão:
· Uso de cannabis em náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia.
· Efeito dos medicamentos à base de Cannabis na qualidade de vida.
· Potencial anticancerígeno da Cannabis
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Um dos estudos analisados mostrou uma alta taxa de satisfação (80%) entre pacientes e pais pelo alívio dos sintomas relacionados à doença e ao tratamento, sem relatos de efeitos colaterais negativos.
Outros estudos analisados estabeleceram que a cannabis tem potencial clínico para ser um tratamento contra o cancro, enquanto se aguarda uma investigação mais detalhada, dada a falta de estudos sobre o tema específico.
Uma matéria do instituto de pesquisa do hospital britânico BC Children’s Hospital, jogou uma luz sobre o emergente campo de pesquisa sobre a Cannabis medicinal e da oncologia infantil. A matéria contou com o Dr. Rod Rassekh, um estudioso da área da Cannabis medicinal, ele relatou que as famílias estão descobrindo umas com as outras os benefícios da planta “Cheguei à conclusão de que se ninguém aconselhar essas famílias, acabaremos vendo crianças na UTI. ”, disse o médico.
Desde então, o Dr. Rassekh tem direcionado seus esforços para pesquisas que resultarão em diretrizes fundamentadas cientificamente sobre o uso medicinal da maconha em pacientes pediátricos e suas famílias. "Todos os outros medicamentos que prescrevo aos meus pacientes passaram por um estudo de fase um para determinar a dose adequada, seguido por um estudo de fase dois para avaliar a eficácia e, posteriormente, por uma fase três para comparação com um placebo. A maconha medicinal já está na fase quatro!"
Já um documentário de 2018 chamado “Weed the people” também explora o uso da Cannabis medicinal para o tratamento do câncer infantil, a produção também traz relatos de famílias sobre os benefícios do tratamento.
Uma das histórias é a da família de Jaclyn von Harz e seu marido, em que sua filha Cecilia, de 3 anos foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2014. Cecilia sobreviveu à batalha contra o câncer, e isso só aconteceu depois que seus pais optaram por recorrer a Cannabis.
“Quando seu filho está doente”, explica Jaclyn, “você tem essa sensação instintiva. Eu não sabia que isso funcionaria, mas sabia que a outra alternativa levaria à morte (…) Os médicos e enfermeiras ficaram maravilhados”.
Contudo, após 11 meses, o câncer retornou com tumores no pulmão direito. Optando por interromper a quimioterapia, os pais, junto ao Dr. Goldstein, iniciaram Cecília com doses mais altas de óleos THC e CBD. Após três meses, os resultados foram notáveis: os tumores diminuíram ou desapareceram, e Cecília, agora com 7 anos, está saudável e cheia de energia. O Dr. Goldstein pondera sobre a contribuição da cannabis, mas para os Von Harz, o essencial é a saúde renovada de Cecília, pelo qual estão dispostos a qualquer sacrifício. "Não se pode colocar um preço numa vida humana", afirma Jim.
Essa e outras histórias de superação presentes no documentário reforçam a necessidade do investimento nesse campo de pesquisa. A história de Cecília é um lembrete de que, em situações extremas, a coragem de explorar novas possibilidades pode abrir caminhos para a esperança e a cura. Enquanto o debate sobre o papel da cannabis na medicina continua, a jornada dos Von Harz destaca a importância de permanecer aberto a opções inovadoras, sempre com o objetivo central de preservar a vida e a vitalidade das crianças que enfrentam batalhas contra o câncer e outras doenças graves.
Agende uma consulta com nosso médico responsável e conheça mais sobre os benefícios do tratamento com a cannabis. Ele irá propor a alternativa ideal para sua patologia e te indicará as melhores opções em custo benefício para adquirir o medicamento.
REFS
23/11 – Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil
Malach M, Kovalchuk I, Kovalchuk O. Medical Cannabis in Pediatric Oncology: Friend or Foe? Pharmaceuticals (Basel). 2022 Mar 16;15(3):359. doi: 10.3390/ph15030359. PMID: 35337156; PMCID: PMC8954266.
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