Dr. Andrew Weil é botânico e médico e fundador do Centro de Medicina Integrativa do Arizona, suas principais publicações são focadas nas alterações dos estados de consciência. Em Novembro de 2023, Weil deu uma entrevista para Naoko Miki da Green Zone Japan, sobre a evolução do tratamento canabinoide.
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Sobre a situação atual de legalização da Cannabis pelo mundo ele afirma: “Penso que a tendência é muito clara: na maioria dos países desenvolvidos, a Cannabis está a ser legalizada primeiro para uso médico e depois também para uso recreativo. E isso é verdade em toda a América do Norte, em muitos países europeus, e penso que também em alguns países da América do Sul.”
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O Dr. afirma que a Cannabis tem uma história muito longa com a humanidade, ela já era utilizada como medicamento muito antes de sua proibição nos EUA, entre 1800 e 1900, a planta é também citada nas mais diversas farmacologias antigas “a partir das décadas de 1920 e 1930 (…) a planta foi demonizada e, eventualmente, tornada ilegal.”
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“Eu ensino botânica médica na Universidade do Arizona e tenho usado muitas plantas medicinais em minha prática médica. Em geral, acho que a medicina botânica é mais segura que a farmacêutica, que as chances de causar danos são muito menores.”, afirma Weil,
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“A Cannabis é um caso realmente especial. Possui uma química muito complexa e incomum, diferente de qualquer outra planta. Alguns dos compostos nele contidos não são encontrados em nenhum outro lugar da natureza. E há uma grande variedade de compostos químicos que provavelmente contribuem para seus efeitos. Eu diria que a Cannabis também se distingue pela sua segurança. Não é possível calcular realmente uma dose letal de Cannabis. Para quase todos os medicamentos que usamos na medicina, a dose perigosa não é muito superior à dose terapêutica. Você realmente não pode matar pessoas com Cannabis. Você não pode dizer isso sobre a maioria dos outros medicamentos.”

Para ele, a planta da Cannabis se diferencia das outras plantas medicinais, “É evidente que existe uma estreita relação entre a nossa bioquímica e a bioquímica da Cannabis. Então, acho que, de certa forma, é lógico encontrarmos maneiras de usá-la.”, diz.
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Já sobre a medicina integrativa, ele diz que ela não rejeita a medicina convencional, na verdade ela foca em coisas que a medicina ocidental peca, “Tentamos ensinar-lhes todas as coisas que deveriam ter aprendido na faculdade de medicina, mas não aprenderam. Você sabe, começando pela nutrição, com informações sobre medicina botânica, com informações sobre os pontos fortes e fracos de outros sistemas de medicina como a medicina tradicional chinesa, por exemplo”.
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A medicina integrativa está se tornando cada vez mais popular, tornando o foco na prevenção da doença e não o controle desta quando ela já apareceu, além de ter muitas vantagens econômicas por não depender de equipamentos de alto custo.
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Ao ser perguntado sobre os efeitos do THC, Dr. Weil afirma: “Nos EUA, tem havido muita promoção do CBD para uma ampla variedade de condições. Pessoalmente, não creio que o CBD faça muito por si só. Acho que é mais útil quando o THC também está presente (...) O THC é um componente importante da Cannabis, embora algumas pessoas não se sintam confortáveis ​​com isso (...) Mas o álcool é uma droga muito mais tóxica, uma droga muito mais perigosa. E nós tornamos isso legal e ganhamos dinheiro com isso. Penso que, em comparação, a Cannabis é muito mais segura, um agente muito mais benigno.”
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Referências:
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Dr. Andrew Weil on Cannabis and Integrative Medicine | Project CBD